21 de dez. de 2010

A dádiva da duvida

Leia: João 20.24-31

As salas das universidades estão cheias de cabeças pensantes, e duvidantes. Para cada certeza conquistada existem centenas de pontos de interrogação, de questionamentos. Nem bem uma teoria é exposta, e logo já recebe uma enxurada de ponderações. Mas será que é isso mesmo? Você pode de fato fazer tal afirmação? Há mesmo a noção de que a ciência nasce do exército da dúvida e da pesquisa. Mas e quanto à fé? Será que a experiência religiosa resiste à força devastadora da dúvida?
O Evangelho traz a passagem em que Jesus, ressucitado, se apresenta pela segunda vez aos apóstolos. Todos estão reunidos numa sala, a posrtas trancadas, escondidos do mundo e com medo. Entre eles está um homem cheio de dúvidas: Tomé. Pelo menos ele foi o único a ter coragem de expressar sua dúvida diante do fato inusitado e impossível da ressurreição de Jesus. Tomé foi porta-voz de muitos que vivem a portas trancadas, guardando a sete chaves suas mais terríveis dúvidas.
Ora, a dúvida está presente no processo de crer. Uma fé que não considera seriamente os riscos da dúvida não é uma fé madura. Para Tomé, com a superação da dúvida, vem o crescimento espiritual. Jesus fez o coração de Tomé sentir o que os olhos não viram: a conciência da intervenção de Deus.

Pense:
Uma fé que não leva a sério a dúvida é como uma resposta pronta que não conhece a pergunta.

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